MEIO AMBIENTE


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"INCÊNDIO NA CHAPADA DE DIAMANTINA (BA) É DOS TRÊS MAIORES DESTE SÉCULO"


Por: João Pedro Pitombo

"A sujeira da fuligem incomoda, a fumaça também, mas o que mais dói mesmo é ver a mata sendo destruída. Vai levar pelo menos 30 anos para se recuperar', diz o lavrador Vilson Evangelista, 50.
Morador da comunidade de Conceição dos Gatos, em Palmeiras (BA), ele olhava incrédulo as grandes labaredas nas escarpas ao fundo de sua casa nesta sexta-feira (20).
E não é um caso isolado. Os vales esverdeados da Chapada de Diamantina, onde a mata atlântica se encontra com o cerrado, pela sétima vez nos últimos 15 anos.
O incêndio é considerado um dos três piores deste século no local. Estima-se que o fogo tenha consumido a vegetação em uma área equivalente a 30 mil campos de futebol.
'Do ponto de vista ambiental, é uma catástrofe', diz o secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler.
Nesta sexta, a FOLHA acompanhou um sobrevoo da Força Aérea Brasileira pela região para levar um grupo de brigadistas ao Vale do Capão, uma aérea isolada do parque.
Em diversos trechos, era possível ver focos de incêndios entre os vales e serras da região, além de grandes reservas devastadas e acinzentadas.
Uma das maiores preocupações é o avanço do fogo na região do Morro Branco, no Vale do Capão. A área é uma das principais rotas do turismo ecológico da região.
As chamas também chegaram perto do Morro do Pai Inácio, um dos mais visitados da Chapada. Além de destruir a vegetação, o fogo afugentou os turistas dali."


"O impacto da erosão e do assoreamento nos mananciais é a principal preocupação no médio e longo prazo, pois a região concentra nascentes dos principais rios da Bahia, inclusive o Paraguaçu, que serve 2,5 milhões de pessoas na Grande Salvador.
Em rios como os das Águas Claras e o do Cerrado, a mata ciliar foi destruída de uma margem à outra.
Os bombeiros ainda não conseguiram identificar as causas do fogo. Já o governo acionou uma equipe de policiais de Salvador para investigar o caso. 'Temos indícios de que alguns dos incêndios foram criminosos', afirma Eugênio Spengler.
A região não tem estrutura específica para investigar crimes ambientais. A unidade dos bombeiros especializada no combate a incêndios ambientais, inaugurada em 2014, não tem pessoal nem equipamentos adequados.
'A estrutura fixa que temos hoje não é a ideal. Mas o mais importante é que as ações sejam rápidas e coordenadas nos casos de emergência', afirma o secretário.
A atual estrutura de apoio conta com 11 aeronaves e uma centena de bombeiros. Mas são os voluntários, que passam as noites na mata apagando o fogo, que costuma ir aos pontos mais isolados.
'Para a gente que nasceu e vive na Chapada é uma tristeza. Mas, enquanto tiver fogo, nós estaremos aqui para combater', diz o estudante Gabriel dos Mundos, 22, minutos antes de encarar meia hora de trilha até o topo de uma montanha em chamas."


Informações retiradas do site FOLHA DE S. PAULO, 21 de novembro de 2015 (Acesso: 21/11/2015)

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