AVIÕES: O QUE AS CATÁSTROFES AÉREAS ENSINAM?



Muitas pessoas já se perguntaram: Por que mesmo sendo considerado o transporte mais seguro, os aviões caem? Sim, é difícil compreender que até uma máquina como essa, pode apresentar falhas, que também podem resultar em acidentes. Um dos principais motivos que causam as catástrofes aéreas, é a falha na estruturação. Ou seja, qualquer defeito na fuselagem ou internamente, pode resultar em mortes, e na queda da aeronave. Para entender melhor como isso funciona, vamos analisar uma série de fatores contribuintes para este caso.
A estrutura de um avião é tão complexa, que muitas vezes, na hora de fazer a manutenção padrão de suas peças, pode ocorrer falhas. A manutenção malfeita pode contribuir para o desgaste de outras peças próximas a que foi concertada incorretamente, ou que dependem dela. Quando o piloto faz as manobras, a força gravitacional gerada por estes movimentos é tão forte que pode arrebentar a fuselagem, e em seguida, a aeronave perde o equilíbrio e fica sem controle. Casos de acidentes ocorridos por causa disso, não faltam, como você pode ter observado em vários acidentes ao longo da história da aviação, seja comercial ou não. 
Foi o caso do Airbus A300 da companhia American Airlines, em 2001. Ao decolar de Nova York, o avião teve uma forte turbulência, e o piloto assustado, tentou estabilizar a aeronave novamente, fazendo movimentos normais, porém bruscos. O resultado, foi o pior possível. A asa e a parte traseira do avião se destroçaram, fazendo com que aeronave ficasse sem controle. Neste acidente, 260 pessoas a bordo faleceram. O principal motivo da queda, como já explicado, foi uma série de erros provocadas pela manutenção incorreta da parte interna dos aviões. Estes erros, podem ser fatais. Veja como se sucedeu a falha estrutural no Airbus da American Airlines:


Outros casos já chamaram a atenção, como o acidente do Concorde da Air France, que teve a parte inferior atingida por um pedaço de metal pequeno, cerca de 40 cm, mas tão perigoso que, ao passar por cima durante a decolagem na pista do aeroporto de Paris, o avião imediatamente começou a pegar fogo. Por ser um avião supersônico, ou seja, tão veloz que ultrapassava duas vezes a velocidade do som, o Concorde nunca teve a chance de impedir o desastre que se sucederia em seguida. O piloto não conseguiu abortar a decolagem devido ao pouco espaço na pista, sendo obrigado a pôr o avião no céu mesmo em chamas. O Concorde ferido não teve sustentação para se manter no ar, e por isso, acabou caindo em um hotel, matando todas as pessoas a bordo, e mais quatro pessoas em terra. Depois de apurada as causas do acidente, descobriu-se que a falha nunca fora do Concorde, e sim de um Boeing da Continental Airlines, que decolou cinco minutos antes do avião acidentado. Na manobra de decolagem, a peça soltara-se da parte de baixo do Boeing, e no momento, ninguém percebera, o que poderia ter evitado que o avião supersônico decolasse. 
Veja a imagem da simulação da peça que caiu do avião da Continental Airlines durante a decolagem:


Como observado neste caso, o Boeing da Continental Airlines não sofrera nada durante aquela viagem. Porém, a manutenção feita incorretamente, resultou no acidente de outra aeronave. Por isso, a importância de se verificar se o transporte aéreo está realmente com a manutenção em ordem.
Esta, é uma das principais preocupações das fabricantes das peças e das aeronaves. Sabe-se que em casos extremos, a força da gravidade pode fazer com que as aeronaves se despedacem. Mesmo que ainda  não tenha uma solução definitiva para esse problema, os jatos comerciais, possuem um sistema que avisa aos pilotos se a velocidade, trajetória, altura e outros fatores, podem colocar o avião em perigo. Mesmo assim, ainda não é suficiente para evitar os acidentes causados por estas falhas.
Na próxima matéria, iremos descobrir outras causas que contribuem para as catástrofes aéreas.

VOO 93: O QUARTO AVIÃO QUE NÃO ATINGIU SEU ALVO


Os únicos passageiros que souberam o destino dos outros três aviões do 11 de setembro, quiseram evitar uma tragédia maior

Acidente: Queda de avião 
Local: Pensilvânia, EUA
Data do acidente: 11 de setembro de 2001
Causa: Atentado terrorista
Companhia: United Airlines
Aeronave: Boeing 757
Número de mortos: 44

Os 37 passageiros do voo 93 da United Airlines, foram os únicos que souberam do destino das outras três aeronaves sequestradas naquele trágico 11 de setembro de 2001. E graças a eles, a tragédia dos Estados Unidos não fora ainda maior.
O Boeing 757-222 decolou do aeroporto de Newark, ainda naquela manhã. Porém, diferente da combinada sincronia de tempo entre as decolagens dos outros três aviões sequestrados - decolaram após 30 minutos após cada um -, o voo 93, só soube que tinha sido sequestrado, após 45 minutos, quando o líder terrorista Ziad Jarrah, anunciou a ação: "Damas e cavalheiros, permaneçam em suas poltronas. Há uma bomba a bordo."
Quatro minutos após o anúncio do sequestro, Thomas Brunett saiu de seu assento, na fila 4, e foi para os fundos do avião. Aquela altura, os quatro terroristas já tinham dominado os pilotos e estavam no comando da aeronave. Ninguém vigiava os reféns. Brunett telefonou para a esposa Deena, e ficou sabendo dos ataques anteriores, e assim, lhe disse: "Oh, meu Deus, é uma missão suicida." Imediatamente, passou as informações que a esposa tinha lhe contado, aos demais passageiros e tripulantes. E percebendo que o avião seria lançado em algum lugar, decidiu agir. Antes, Thomas Brunett despediu-se de Deena, pedindo-lhe que rezasse, pois eles iriam fazer algo. 
Em outra linha, Todd Beamer, de 33 anos, falava com uma supervisora da American Airlines: "Vamos tentar dominar o voo. Se eu não sobreviver, diga à minha família que eu os amo." Juntos, Beamer e Lisa rezaram o Salmo 23. Após a oração, Lisa ouviu Beamer dizendo aos outros passageiros: "Let's roll!"("Vamos nessa!").
Faltavam três minutos para as 10 horas quando eles começaram a agir.
A caixa-preta do avião, registrou o som forte do impacto metálico. Possivelmente, eram os passageiros  tentando empurrar e arrombar o cockpit com um carrinho de comida. Naquela época, a porta da cabine era frágil. Após o 11 de setembro, todas as cabines de aviões comerciais foram blindadas.
Quando perceberam o motim, os sequestradores imediatamente decidiram: "Jogue o avião para baixo." Isso, antes que as pessoas conseguissem arrombar o local. Ali mesmo, os terroristas resolveram abortar a missão: colidir a aeronave contra a Casa Branca ou o Capitólio.
Assim, o avião girou desgovernadamente e caiu num ângulo de 40% em relação ao solo. Nessas circunstâncias, os ocupantes teriam de lutar para conseguir ficar em pé. Entretanto, até o fim, os passageiros continuaram a lutar, na esperança de salvar-se. Às 10 horas e 3 minutos, o Boeing tombou a 900 quilômetros por hora sobre um campo deserto na Pensilvânia. Todos os passageiros morreram, inclusive os quatro terroristas.
Após as investigações, as autoridades comprovam que os passageiros do Voo 93 foram os únicos responsáveis por impedir o quarto avião que não atingiu seu alvo.
Coincidência ou não, o libanês Ziad Samir Jarrah, também frequentou uma escola para pilotagem de aviões na Flórida, Estados Unidos. Foi lá que conseguiu sua licença. Mais uma vez, a prova que os americanos estavam literalmente, dormindo com o inimigo sem saber.
Abaixo, uma foto do terrorista-líder do atentado, Ziad Jarrah:


Logo em seguida, imagem da cratera aberta pelo impacto do Boeing da United Airlines no solo:


Este acidente, gerou um filme famoso na época, que tenta retratar os eventos que antecederam a catástrofe aérea. O Voo 93, é conhecido mundialmente, por relatar os momentos da tragedia. Clique no nome do filme destacado, e você será direcionado para o mesmo. As imagens são do You Tube, e estão em português.


Esta, foi a última parte da triologia de matérias que relatam os quatro sequestros nos Estados Unidos, no dia 11 de setembro de 2001. Para ler as duas anteriores, clique sobre os ícones coloridos abaixo. Você será direcionado para a página desejada.



Você também pode conferir outras matérias da série Aviões: O Que As Catástrofes Aéreas Ensinam?, para visualizá-las, clique sobre os ícones coloridos abaixo. Você será direcionado à página desejada.

A COLISÃO DE TENERIFE: O MAIOR ACIDENTE DA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO


O SEQUESTRO INACREDITÁVEL DO BOEING 727 DA TWA


BOEING 747: O SEGUNDO MAIOR DESASTRE DA AVIAÇÃO COMERCIAL


O FIM DO SONHO CONCORDE


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog